segunda-feira, 31 de março de 2008

"Elizabeth I"

Não, não me enganei no título do filme... mesmo "nome", mesma personagem principal, mesma época, outra produção, outro foco, outra qualidade.

Aqui me refiro ao filme/minisérie desenvolvido pela BBC para a TV, esta sim uma obra que retrata uma rainha inglesa com sentimentos, mas forte, até arrogante... como é de se esperar de alguém que é criada como a salvadora e dirigente de uma nação.

Um contraponto ao filme que citei aqui dias atrás... e não posso nem sustentar a desculpa de que a falta de assistir a primeira parte foi o que me prejudicou ao ver o outro Elizabeth, também este assisti "pela metade", já que na TV portuguesa dividiram a apresentação em dois dias e só assisti ao segundo e uma comparação direta ficou até covarde.

Helen Mirren se consagra em sua especialização em interpretar rainhas e eu fico com uma sensação mais confortável em achar a outra produção com toda a sua pompa e circunstância inferior a esta e ponto.

De Volta...

Pois é, estive um pouco afastada de novo... passei as duas últimas semanas entre a minha casa e a do Ricardo e com pouca net neste vaivém, fui espairecer, mudar de ares um pouco... diminuir esta sensação de cansaço do nada... não deu muito certo, mas vá lá... aprendi um bocado sobre o basquete na NBA, acompanhando os principais jogos, vi alguns jogos da "premier league" também, fiz duas bolsas e estou montando uma capa para uma almofada velhinha aqui do quarto... ok,ok... também acrescentei uma porção de filmes para a coleção!!! rsrsrs

(a leitura anda meio parada, meus olhos estão uma lástima e resolvi lhes dar uma "folga" mais ou menos... sou meio devoradora de livros, incapaz de aceitar ler só um pouco por vez...)

No mais, continuo fazendo de tudo um pouco e de nada tudo!

Sempre Mai ;)

terça-feira, 11 de março de 2008

"The Kingdom"

Continuando minha língua afiada contra filmes, vamos dizer que dei azar estes dias...

Sobre este filme, não há muito a dizer, simplesmente que é um retrocesso dos americanos como os "senhores heróis salvadores do mundo", quando afinal os americanos estão começando a aprender a ver um pouco do outro lado.

Até dormi!

"Elizabeth - A Era de Ouro"

Eu adoro filmes e séries que representem épocas históricas. Então, mesmo sabendo que é um filme comercial, elevei as expectativas em relação a este filme: big, big mistake!!!

Sim, a ambientação e o figurino estão bem... a seqüência histórica por si? Aceita-se. Salvo isto as ressalvas são muitas: está muito romanceado e a personalidade dos personagens dúbia. Talvez tal impressão advenha do minha falha em não ter visto a primeira parte, talvez eu tenha esperado demais, talvez tenha entendido mal.

É verdade que os filmes épicos, especialmente hollywoodianos, devem ser romanceados para atrair o grande público, concordo, aceito e até perdôo eventuais falhas que isto introduz à história. É bem por isto, que ao contrário do que se podia esperar, fiquei ainda mais curiosa em ver o primeiro filme, tentar descobrir o que perdi no meio do caminho e quem sabe me redimir.

Mas enquanto isto não ocorre ficou a má impressão. Minha mais dura crítica é justamente a fraqueza de espírito mostrada por Elizabeth. Ficou difícil acreditar que uma rainha britânica daqueles dias, que viveu tanto tempo no poder, que afinal engendrou o poderio da Inglaterra pós-febre das Grandes Navegações, pudesse ser assim tão fraca... não seria possível, simples assim!

Com esta visão me incomodando desde o início do filme, confesso que ficou difícil tomar atenção em mais alguma coisa...

"Across the Universe"

Este foi o filme da vez... Um filme que usa as músicas dos Beatles para entrelaçar os enredos dos personagens ambientados nos anos 60 nos EUA em meio à Guerra do Vietnã e Martin Luther King.

Por ser um musical, assisti mais pela curiosidade, esperando não gostar. Até que não foi mal!! Tem uns exageros, ok!!! Mas nada grave, nada que faça deixar de valer a pena... e ainda, fora dos exageros, as histórias conseguem ser realmente bem amarradas pelas músicas da proposta inicial. O começo é cansativo e o enredo até simples, mas é só questão de se acostumar à linguagem para ver um pouquinho mais além.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sobre os filmes...

... vou acabar deixando para outro dia... acho que é tempo de dormir um pouco...

"Quando Nietsche chorou"

Como prometido, seguem algumas impressões do livro.

Primeiro, que eu adoro livros do tipo deste, que pegam personagens e situações reais e ficcionam as relações não conhecidas ou hipotéticas. E ainda, neste romance, os personagens em causa são particularmente interessantes, ao menos para mim: além de Nietsche, vemos um jovem Freud, um atormentado dr. Breuer (que postulou sobre o labirinto e o equilíbrio e deu os primeiros passos sobre a histeria) e a própria cidade de Viena em seus maus humores de inverno no fim do séc XIX.

Segundo, e especialmente perturbador, me identifiquei com o Nietsche em seus ataques de enxaqueca, claro que não fico tão debilitada (em termos de número de dias) como ele se mostrava no romance, mas para mim 2 a 3 dias daquele inferno ali tão fielmente descrito quase todos os meses já era mais do que angustiante. Também foi um alívio perceber que agora as crises estão mais controladas, menos frequentes e bem mais amenas. Fora dos dias de enxaqueca, ou do sentimento de sua chegada (isto também é verdadeiro, me senti menos paranóica), nunca me dei conta de verdade dos danos que ela sempre me causou, e ler tudo ali tão descritinho aos detalhes que me fez dar conta desta ausência mais prolongada e de como quero manter-me assim. E já que é para entrar na idéia do livro, mais um ponto foi o uso terapêutico do café nos momentos primordiais da crise, parece engraçado, mas sempre fiz isso meio intuitivamente e sentia a melhora quase imediata e ver que este era o remédio inovador da época me deu mais algum argumento... hahahaha

Me empolguei com a história da enxaqueca, mas é q estava tão bem descrita que não resisti o registro.

Mas agora sobre o romance em si: formidável e instigantemente "real". As relações dos personagens: como eles se tratam, se constroem, se transformam e se influenciam são concatenadas, congruentes; nada está ali por acaso, e assim como o médico troca de lugar com o paciente, por vezes também o leitor troca de lugar com os personagens ou ao menos se põe a refletir se não esteve em igual situação e como agiu então. Quer dizer, foi visivelmente assim comigo... talvez eu já tenha ficado pré-influenciada pela identificação da enxaqueca, ou talvez era isso mesmo que o autor esperava, de qualquer forma, gostei muito da experiência. Vemos um Nietsche perturbado, amargurado e petulante pouco antes de dar à luz (como "ele" mesmo refere) a "Assim falou Zaratustra"; e um Freud ainda em seus primeiros passos na medicina, se descobrindo, tateando os primeiros passos da investigação da psiquê. Trechos de cartas reais entre os personagens diversos, ali misturados aos elementos hipotéticos num emaranhado a não se perceber qual é qual.

Bem, terminado o livro SOBRE Nietsche, nada mais certo do que agora ler um livro DE Nietsche, e justamente "Assim falou Zaratustra" se apresentou mais acessível, de modo que já estou folheando, ou melhor "bookeando" por aqui, quando terminar volto a trazer as impressões, mas até lá fica um fica um trecho que já me saltou aos olhos e não é difícil entender o porquê:

"É preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela cintilante!"

BBB - Bugs e buzzes no blog

Pois é, foi por isso que sumi um pouquinho... ou era a página que não carregava, ou era o post que não saia, ou a net que caía ou era a paciência que esgotava depois de um seguido do outro. Posso dizer que os bugs eram do site e os buzzes da net fora do ar, ou da minha cabeça impaciente, dá na mesma...

Foi pena estes dias de ausência porque eu sempre queria escrever algo antes de dormir e nunca conseguia, espero que hoje desenrosque.

Infelizmente, as novidades mesmo não são muitas, continuo procurando emprego, escrevendo alguma coisa, com a cabeça doida e inventando ou tentando mil coisas ao mesmo tempo.

Acho que a única novidade mesmo é sobre o mestrado, o júri foi aprovado, agora eles estão "apreciando" minha dissertação e se eles não tiverem nenhuma objeção a acrescentar a defesa é em mais ou menos um mês. Se tiverem, tenho 3 meses para alterar o que for e volta ao processo de leitura e marcação da defesa (espero ser dispensada desta fase).

Bom, também terminei o "Quando Nietsche chorou", demorei mais que o normal, mas até nem foi tanto... mas as impressões do livro e dos filmes da semana vão em posts separados para facilitar.

Até mais,
Sempre Mai :)

quarta-feira, 5 de março de 2008

"Venus"

Com o Peter O'Toole mostrando porque pode ser ainda considerado um brilhante ator, um filme que me surpreendeu um bocado... um filme que ousa ter idosos como protagonistas e personagens centrais e reais, que se divertem, mantém rotinas, sofrem e lidam com a morte... e não só lidam com a morte e a solidão como os filmes costumam sempre impor... a ser visto!

Aos poucos...

... vou saindo da minha toca particular... considerar currículos e cartas de apresentação como obrigações de todo dia, e então posso começar a ler, ainda que bem mais lerdamente que de costume, brincar com velas e decoração, arrumar aqui e ali, tirar os desenhos do "esconderijo", tentar me reconectar com a linguagem JAVA, ler notícias diversas, as eternas séries companheiras... um pouco de tudo como hobby!

A sensação ainda não é das melhores e a cabeça ainda gira mais rápido... mas a sensação de inutilidade já pensa em mudar de cara e endereço!

Já era a hora!!!

Sempre Mai

segunda-feira, 3 de março de 2008

Bem

... ontem nem quis escrever, nenhuma novidade e o ânimo ainda blue demais para o meu gosto! não pretendia contaminar ninguém...

Este domingo não foi muito diferente, mas sendo domingo a gente se perdoa por não fazer nada, não é mesmo??

E conseguimos ir acompanhar parte de um campeonato de modelismo no estádio universitário, passear um bocado, ficar indignada com um evento político qualquer que envolveu o "lançamento" de tomates e cebolas em 2 praças da cidade, espalhando aquele cheiro de polpa de tomate (pois foi o que virou no fim) que dava até enjôo, nóóó... bom, também comecei o livro "Quando Nietsche chorou" a sério, assisti a um filminho mais ou menos... até que está bom, não??

Para dizimar um pouco a culpa também dei uma olhada naquele tal artigo para reformular, mas assim como nenhuma destas atividades acima prenderam minha atenção plenamente por mais de 30 minutos, com o artigo não seria diferente... a diferença aqui é q para estas coisas a fuga da atenção não representava nada, para o artigo é simplesmente a perda da linha de pensamento, de escrita e ter que pegar o ritmo de novo, num processo que leva quase isso... ou seja, rendimento perto de ZERO!

Socorro!!!
Onde eu estava mesmo??
Sempre Mai


P.S.: Como passei da minha meia hora de pensamento tive que ler para tentar me reconectar mesmo e descobri que tinha descrito o dia de ontem como sendo hoje, quer dizer... affff, ngm merece uma memória destas!! rsrs

sábado, 1 de março de 2008

Só passando...

... continuo com a sensação de inutilidade, mas agora agravada pela insegurança... hoje teve a defesa do primeiro da minha turma, ele foi bem, mas me senti angustiada em me ver no lugar dele, horrível!!! e para completar, como eu havia adiantado (ou não), um dos artigos que entreguei ficou uma porcaria... era impossível falar sobre um tema tão amplo em apenas 2 páginas, resultado: fiz um big resumo de tudo e toca a andar, não tinha como ser diferente... aí sou achovalhada de crítica e informada que afinal não são 2 páginas, mas 4! Caramba, não podia dar as infos certas logo de cara?? Juntando com uns desconfortos da vida académica a q não consigo me acostumar, pronto... além de inútil a sensação de incompetência também veio me visitar...

Como dizem "cabeça vazia oficina do diabo"... no meu caso, não posso dizer exatamente cabeça vazia, pois minha maior dificuldade é justamente o inverso, estou o tempo tão com a cabeça tão a mil, as ideias fervilhando, se desencontrando, sem fazer sentido algum que não consigo me focar em absolutamente nada por mais que alguns minutos, quer eu goste, quer não goste... meu ato mais comum ultimamente tem sido abrir diversas abas de notícias que me chamaram pela manchete e mal começar a ler o primeiro parágrafo passar para a seguinte... afffffff... livro então?? o último foi um suplício...


E nesse caos de sentimentos, humores e sensações, vou seguindo...
Sempre Mai